quinta-feira, 2 de abril de 2015

De volta pra vida *

Hello girls, tudo bem?!
Acho que já perceberam que dei uma sumidinha, né?!
Pois é, há muito tempo tenho sentido dores fortes nas costas e no estômago que nunca eram diagnosticadas pelos seis médicos com quem eu consultei mas, as medicações fortes que me passavam aparentemente, sessavam as dores. 
Porém, no começo de março, com dores muito fortes fui pro hospital 3 dias seguidos e, no terceiro dia pensei que seria como os outros, tomaria os medicamentos intravenosos, a dor cessaria e eu voltaria pra casa normalmente... só que não foi bem assim.
Fiquei tomando medicações intravenosos e fazendo trilhões de exames e, depois de 9h de medicações que não estavam fazendo efeito algum, o médico veio com a péssima notícia: eu precisava de internação e meu diagnóstico inicial foi 'Pancreatite Aguda', mesmo assim eu não levei tão á sério e, achei que voltaria pra casa em um dia no máximo, só que com a internação foram descobrindo mais coisas, como a vesícula que estava tipo 'megaaa inflamada', as pedras e a pancreatite que agravou tanto que causou a inflamação do fígado e rins.
Com este diagnóstico, tive a certeza de que era DEUS me quebrando! 
Eu sabia que algo em mim precisava ser mudado e da forma D'Ele, foi assim que ELE achou que teria que ser e, eu aceitei.
O diagnóstico médico inicial não me deu uma previsão de alta mas, deixou claro que não seria menos de 30 dias para que os órgãos afetados começassem a desinflamar e assim, eu poder fazer a cirurgia de retirada da vesícula e das pedras.
Foram 7 dias na semi-intensiva, medicações sem cessar e algumas complicações durante, que só deixavam minha família mais angustiada. 
Poucas vezes me lembro acordada... e, nessas poucas vezes, me lembro que só pensava em conversar com DEUS e louvar canções que tocavam meu coração. 
Foi uma coisa meio louca entre eu e DEUS e que por mais que eu tentasse aqui explicar, eu jamais conseguiria.
No total, fiquei apenas 10 dias no hospital e, eu sou grata á DEUS por isso, já que o diagnóstico médico era de 30 dias, no minimo.
Vivi uma experiência terrível porém, engrandecedora! 
Só eu seu sei o que eu vi por lá, os momentos duros, foram 9 dias sem alimentação e nenhuma água. 
No sétimo dia, fui para o quarto com medicação em cima de medicação, passei duas noites terríveis porque no mesmo quarto havia outras duas mulheres, uma senhora de 87 anos que vegetava e que todos diziam que ela só sairia dali morta e, a outra era uma mulher que havia sido esfaqueada pelo ex marido que não aceitou a separação, histórias bem tocantes e tão duras e reais quanto eu imaginava... Pronto-socorros possuem cargas muito pesadas e negativas.
Eu também já não tinha mais veias para receber as medicações fortes e cheguei a ouvir uma das enfermeiras comentando com outra de que se eu continuasse sem, elas teriam que aplicar a medicação pelo pescoço (claro, que elas falaram de uma outra forma mas, dialogo médico é difícil demais pra gravar), me lembro do desespero e de pedir pra DEUS que ELE não permitisse que aquilo acontecesse, orei tanto, cantei tanto, nunca senti a presença D'Ele tão forte... consegui passar as noites. 
Um dia depois, eu pedi pra falar com o Médico-chefe do hospital, conversamos, ele olhou minha ficha médica e me disse que realmente, não tinha o que fazer, eu tinha que esperar a melhora dos meus exames, óbvio que eu fiquei muito angustiada porém, eu percebi que orar e louvar era a minha melhor opção depois daquela conversa angustiante e, eu acho que naquelas orações eu acreditei tanto em DEUS, eu confiei tanto n'Ele que gradativamente eu senti paz! 
No dia seguinte, o médico-chefe entrou no quarto e me disse: 'Olha, revemos todos os seus exames e mesmo sem entender, seu quadro clinico agora é outro, poderemos fazer a cirurgia entre amanhã ou no dia seguinte'.
Chorei tantoooo, DEUS cuidou de mim!
No dia seguinte, ouvi um barulho de rodas pelo corredor do hospital e, tive a certeza de que havia chegado a hora e, foi mesmo... tive 2 minutos para ligar para minha mãe avisando, só que não consegui porque ela já estava vindo para o hospital (sem saber da cirurgia) e também pra trocar de roupa.
Quando deitei na maca, meu coração começou a disparar, as mãos soavam frio e eu comecei a sentir uma dificuldade pra respirar, eu jamais tinha feito qualquer cirurgia mas, lembrei da enfermeira que me ajudou a trocar de roupa dizendo: 'não fique nervosa, se sua pressão alterar demais eles cancelam a cirurgia e você terá que ficar mais tempo' e, isso era tudo que eu não queria.
Chegando no centro cirúrgico, com todas aquelas luzes brancas no teto, tudo metalizado em volta e os barulhos daquelas rodas, pedi á DEUS que acalmasse o meu coração, que me desse paz e tranquilidade para que eu conseguisse vencer o medo e  fazer o que tinha que ser feito, logo em seguida comecei a louvar em pensamento... acho que deu certo.
Acordada e deitada na maca, fui levada onde haviam dois cirurgiões (a minha e um outro), um anestesista e duas enfermeiras. 
Eles brincaram bastante comigo enquanto me preparavam e no último momento me pediram pra sentar na maca, depois disso não me lembro de mais nada.
Quando acordei, eles ainda estavam retirando o tubo da minha garganta, as dores que eu senti na garganta e na região onde eu operei, eram insuportáveis. 
Ainda, no centro cirúrgico as dores eram tanta, que aplicaram uma injeção na minha perna para que eu pudesse suportar... mesmo com a dor, me dei conta de que estava viva e que mais uma vez, DEUS tinha sido bom comigo.
Quando um homem veio me buscar do centro cirúrgico para o quarto, foi uma sensação de alívio enorme, só que ao chegar no quarto e sair de uma maca pra outra, foi difícil, comecei a vomitar sem parar... aquela noite foi longaaaa, não podia levantar pra fazer xixi, tive que pedir ajuda a noite toda pra poder fazer, parecia que minha bexiga estava solta, era constrangedor. Ainda bem que minha mãe estava lá, era bem mais fácil pedir pra ela apesar, da vergonha.
O dia seguinte foi um pouco mais fácil, sentia menos dores e logo cedo, recebi a visita da minha cirurgiã, ela me examinou e disse que se no outro dia eu comesse sem vomitar, eu poderia ir pra casa. 
Imaginem, como eu fiquei... eufórica! Mais uma vez, DEUS cuidou de mim!
Dito e feito, no outro dia, pela primeira vez naquele hospital, pude ouvir a enfermeira me dizer que a minha dieta estava liberada, que sensação boa que foi ouvir aquilo... comi uma gelatina verde e doce como mel mas, comi...rsrsrss. 
Logo depois, minha mãe chegou com o papel da alta.
Eu podia ir pra casa, pedi que minha mãe que me trocasse logo, sentei na cadeira de rodas (outra experiência que nunca pensei viver), me despedi das pessoas que lá ficaram e com a ajuda da minha mãe, fui me libertando daquele lugar... quando cheguei do lado de fora e pude ver aquele céu azul clarinho com aquelas nuvens branquinhas, fechei os olhos, respirei fundo e senti um ventinho calmo me acalmando... Agradeci a DEUS, que é lindoooo e maravilhosoooo, que é PAI, REI dos Reis, único digno de toda honra e toda glória, pela vida que me devolveu!
Só que quando cheguei em casa, me dei conta de que pessoas haviam ficado, me senti tão egoísta por ter saído de lá sabendo que aquelas pessoas ficaram... chorei muitooo por ter me sentido feliz e aliviada por sair do hospital, com pessoas lá em situações mais complicadas do que a minha.
Pedi muito pra que DEUS cuidasse delas e desse um sopro de vida em cada uma. Acho que também deu certo, um dia após eu sair, aquela mulher esfaqueada também recebeu alta e pôde ir pra casa, fiquei tão feliz e agradecida mas, ainda faltava aquela senhorinha de 87 anos e que ninguém mais tinha esperança sobre ela, cheguei á discutir com a minha mãe por algumas vezes quando ela me dizia: "...pare de se preocupar tanto com aquela senhora, ela está morta ali, dependente somente dos aparelhos, os próprios médicos já disseram isso...", mesmo assim eu não queria ouvir aquilo, não naquele momento tão sensível da minha vida, eu acreditava que DEUS podia dar um sopro de vida nela e, que apesar de todos dizerem que era o fim, só DEUS poderia dar a palavra final, insisti em pedir por ela... 
Em casa, meus primeiros dias foram difíceis, tive que depender da ajuda de todos em casa pra tudo... pra me levantar, pra sentar e deitar, pra ir ao banheiro, pra tomar banho, pra me trocar... meus dois irmãos foram bem pacientes e carinhosos comigo, minha mãe só soube trabalhar pra mim, era bem difícil vê-los se desdobrarem por minha causa mas, sei que tudo é um propósito D'Ele.   
Claro, que se compararmos á tudo que eu vive no hospital, eu estava no céu, pude tomar as sopinhas da minha mãe (e, pra quem não sabe, eu odeio sopa) mas, era bem melhor do que qualquer coisa do hospital, quando pude pegar o meu notebook pela primeira vez, vi muitaas mensagens de amigos e amigas queridas, que me emocionaram com tanto carinho (tá, me julguem, sou chorona mesmo). 
No oitavo dia em casa, voltei ao hospital pra retirar os pontos e foi ótimo ver minha cirurgiã novamente e poder agradecê-la por tudo... ela me liberou comer de tudo aos poucos claro, menos gordura e, isso já foi outra vitória, nada melhor do que um arroz e feijão, né...rsrsrs.
Ainda não posso dirigir e nem fazer as coisas que todos podem, o repouso é absoluto mas, em 30 dias terei outra consulta e, provavelmente poderei voltar a rotina de antes e aí, será só alegria e amor!!!
Ahhh, e há 3 dias atrás tive a melhor notícia de todas, aquela senhorinha melhorou, acordou e recebeu alta... ela também pôde voltar pra casa com a sua família que não acreditava mais em poder tê-la de volta.

DEUS é VIDA!!! DEUS é ESPERANÇA!!! DEUS é AMOR!!! DEUS é TUDO!!! 


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Beijiinhusss miilll de mim, amoras lindas *



2 comentários:

  1. Que fase Rafa!! Ainda bem que acabou!! :) Vai ver... logo logo nem vai mais se lembrar do sofrimento. Vai se lembrar apenas do alívio de não sentir mais aquelas dores. Eu já vou fazer 4 anos de operada e só agradeço por não sentir mais aquela dor horrível nas costas/vesícula :D

    :***

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    1. Oi Liii... sou mais do que grata, viu! Não vejo a hora de poder ver vcs de novo!!! Beijooo gataaa *

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